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Figura 1 |
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Figura 2 |
A estabilidade é determinada pela comparação da inclinação da curva de temperatura virtual com:
i. As adiabáticas secas se a parcela não estiver saturada e
ii. As adiabáticas saturadas se a parcela estiver saturada.
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Figura 3 |
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Figura 4 |
Estimativas convenientes a partir de sondagens que podem servir como um bom indicativo para a ocorrência de instabilidades na atmosfera. Em geral, expressões simples de fácil cálculo, considerando diferenças entre variáveis em níveis arbitrários. Não devem ser vistos isoladamente; sua correta interpretação deve levar em conta considerações sinóticas e outros dados, pois caso contrário podem levar a conclusões errôneas.
Índice K:
K = [T(850) -T(500)] + Td(850) -Dd(700)
menor 15 | 0% |
15 a 20 | 20% |
21 a 25 | 20 a 40% |
26 a 30 | 40 a 60% |
31 a 35 | 60 a 80% |
36 a 40 | 80 a 90% |
maior 40 | perto de 100% |
Índice de Showalter:
(+1.+3) | algumas tempestades |
(-2,+1) | boa chance de trovoadas |
(-6,-3) | tempestades severas |
menor -6 | possibilidade de tornado |
obs: se os valores de temperatura e umidade em 850hPa não forem representativos das condições na camada limite, é preciso enriquecer a análise para não cometer erros: por exemplo, se a camada de ar úmido for até um pouco abaixo dos 850hPa, o Showalter indicará uma estabilidade maior do que o real.
Índice levantado:
Melhor índice levantado:
Índice levantado modelado:
Índice Totals:
VT = T(850) - T(500)
CT = Td(850) - T(500)
Totals = [T(850)+Td(850)] - 2T(500)
Índice SWEAT:
SWEAT =12Td(850)+20(TT-49)+2V(850)+V(500)+125(S+0.2)
Onde:
Índice SPOT:
SPOT=(T-60)+(Td-55)+100(30-p)+f(v)
Onde:
Índice dinâmico:
Índice de energia:
Índice de Fawbush-Miller:
As correntes ascendentes caracterizam o sistema. São alimentadas por convergência de vapor na camada limite numa região onde ar quente e úmido convergem em superfície.
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Figura 5 |
A fusão de vários elementos num sistema convectivo caracteriza a transição para o estágio maduro. O processo de fusão está associado com o encontro de correntes descendentes induzidas por frentes de rajadas da adjacência das nuvens. A precipitação ocorre uma vez que a nuvem passa além do nível de congelamento. Após um certo período, a acumulação de precipitação na nuvem é muito grande para a corrente de ar ascendente suportar.
A precipitação caindo causa um arrastamento no ar, iniciando uma corrente de ar descendente. A criação da corrente de ar descendente é ajudada pelo influxo do ar frio e seco rodeando a nuvem, um processo chamado entranhamento. Este processo intensifica a corrente de ar descendente, porque o ar acumulado é frio e seco e sendo assim, mais pesado. Até o encontro com a superfície, as correntes descendentes se espalham horizontalmente onde podem erguer o ar quente e úmido para junto do sistema. Na interface entre a corrente descendente fria e densa, e o ar quente e úmido forma-se a frente de rajada. O abaixamento da pressão nos níveis médios como resultado do aquecimento pela liberação de calor latente e o fluxo de ar divergente resulta numa força de gradiente de pressão direcionada para cima que ajuda a sugar ar quente e úmido erguido pela frente de rajada até a altura do nível de convecção livre. A velocidade de propagação da frente de rajada aumenta à medida que a profundidade do fluxo de ar de saída aumenta e a temperatura do mesmo diminui. O sistema ótimo é aquele em que a velocidade da frente de rajada é próxima à velocidade da tempestade em si.
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Figura 6 |
Quando a frente de rajada se distancia do sistema, o ar erguido não entra mais na corrente ascendente, deixando de alimentar o sistema que começa a dissipar. É caracterizado por correntes descendentes nas porções inferiores. A intensidade da chuva diminui, remanescendo chuva leve de caráter estratiforme.
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Figura 7 |
Temperatura
Umidade
Vento
Levantamento do Ar
Nível de Congelamento
Ordem | Parâmetro | Fraca | Moderada | Forte |
---|---|---|---|---|
1 | vorticidade em 500hPa | advecção de vorticidade maior ou igual a 0 | advecção de vorticidade menor do que 0 | advecção de vorticidade muito menor do que 0 |
2 | estabilidade; Showalter; Totals | -2; 50 | -3 a -5; 50 a 55 | menor o que -6; maior do que 55 |
3 | níveis médios; jato; cisalhamento horizontal | 35 kt ; 15kt/150km | 35 a 50 kt; 15 a 30 kt/150km | maior do que 50 kt; menor do que 30 kt/150km |
4 | níveis altos; jato; cisalhamento horizontal | 55 kts; 15kt/150km | 55 a 85 kt; 15 a 30 kt/150km | maior do que 85 kt; maior do que 30kt/150km |
5 | jato de baixos níveis | 20 kt | 25 a 34 kt | maior do que 35 kt |
6 | umidade em baixos níveis | 8 g/kg | 8 a 12 g/kg | maior do que 12 g/kg |
7 | máxima temperatura em 850hPa | a sotavento do máximo de umidade na superfície | sobre o máximo de umidade na superfície | a barlavento do máximo de umidade na superfície |
8 | ar seco em 700hPa | T-Td menor do que 6°C; vento fraco | T-Td maior do que 6°C; vento maior do que 15kt | T-Td maior do que 6°C; vento maior do que 25 kt |
9 | tendência da pressão 12hrs | -1 a -5 hPa | menor do que -5 hPa | |
10 | tendência do geopotencial 500hPa | -30m/12hrs | -30 a -60 m/12hrs | menor do que -60 m/12hrs |
11 | altura onde Tw=0°C | maior do que 3500 m; menor do que 1500 m | 1500 a 2100 m; 2700 a 3500 m | 2100 a 2700 m |
12 | pressão reduzida ao NMM | maior do que 1010 hPa | 1010 a 1005 hPa | menor do que 1005 hPa |
13 | Td na superfície | menor do que 15°C | 15 a 19°C | maior do que 20°C |
A Tempestade é sustentada pelo empuxo proveniente das correntes ascendentes. À medida que calor latente é liberado com a condensação do vapor, há formação gotículas, que congelam quando super-resfriadas ocorrendo deposição de vapor nos cristais de gelo. O empuxo é determinado pela diferença de temperatura da corrente ascendente e do ambiente multiplicado pela aceleração da gravidade, é uma medida local da aceleração da corrente ascendente, e é regulado pela estabilidade do ambiente e da turbulência entre a corrente ascendente e o meio seco. A magnitude real da força da corrente ascendente é determinada pela integral do empuxo que a corrente sofre à medida que sobe da base da nuvem até uma determinada altura na atmosfera. O empuxo integrado na atmosfera é chamado Energia Potencial Convectiva Disponível (Convective Available Potencial Energy) ou CAPE. No geral, quanto maior é o CAPE, maior é a força das correntes ascendentes da tempestade.
Onde: | |
![]() | Nível de Perda de Empuxo (próximo à tropopausa); |
![]() | Nível de Convecção Espontânea; |
![]() | Temperatura da parcela; |
![]() | aTemperatura do ambiente; |
![]() | aceleração da gravidade. |
O índice CAPE fornece uma medida da máxima energia cinética possível que uma parcela estaticamente instável pode adquirir, assumindo que a parcela ascende sem mistura com o ambiente e se ajusta instantaneamente à pressão do ambiente.
Segundo Silva Dias, M.A.F. (1987) as tempestades mais severas em termos de produção de ventanias e granizo ocorrem em condições de grande cisalhamento vertical do vento. Quando o cisalhamento do vento é forte, a tempestade é mais intensa, organizada e persistente. O cisalhamento vertical do vento provoca uma inclinação da corrente ascendente, e a precipitação pode então ocorrer no ar claro debaixo da corrente ascendente, especialmente na média troposfera dando origem às correntes descendentes. Se o Cumulonimbus se mover com uma velocidade que está entre a velocidade do vento nos níveis baixos, médios e altos, as correntes verticais serão então alimentadas por correntes de ar potencialmente quente nos baixos níveis, e potencialmente frio nos níveis médios e altos.
The Skew T, Log p diagram - National Weather Service Training Center.
Análise de Estabilidade - Introdução ao uso de modelos diagnósticos para previsão do tempo - Curso de Extensão Universitária - DCA/IAG/USP, 1986.